Cardiopatia na Síndrome de Down

Cardiopatia na Síndrome de Down

Hábitos adquiridos na infância costumam ser levados por toda a vida. Daí a importância de estimular, desde muito cedo, os cuidados com a higiene bucal

Uma porcentagem das crianças que nascem com síndrome de Down, apresentam defeitos congênitos no coração. Essas anormalidades são conhecidas como cardiopatias congênitas e podem proporcionar, dependendo da anormalidade, mau funcionamento do coração do bebê.

Pelos dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia, cerca de 1 a cada 100 crianças podem apresentar defeitos no coração logo ao nascimento. Quando falamos de crianças com síndrome de Down, podemos prever que aproximadamente entre 40% e 50% dessas crianças podem nascer com algum tipo de alteração em seu coração.

As cardiopatias mais frequentes nesse caso são DSAV (Defeito do Septo e Átrio Ventricular), CIV (Comunicação Inter Ventricular), CIA (Comunicação Inter Atrial), T4F (Tetrologia de Fallot), AP (Atresia Pulmonar), entre outras.

Dependendo da cardiopatia, ela pode manifestar descompensação cardíaca logo após o nascimento (cianose) ou tardiamente (semanas ou meses). Os sintomas são bem variáveis, dependendo da cardiopatia, mas pode apresentar baixo ganho de peso ponderal, cansaço durante a amamentação, coloração azulada dos lábios e extremidades, resfriados ou infecções respiratórias com frequência, além do aparecimento do sopro cardíaco.

As cardiopatias congênitas ocorrem por alteração durante o desenvolvimento embriológico. A síndrome de Down é um defeito genético que está relacionado ao cromossomo 21 que quando esse é triplicado, produz-se o fenótipo da síndrome (Trissomia).

Embora não seja possível evitar o desenvolvimento da síndrome de Down e também não existe nenhuma correlação da falta de cuidados da gestante com o feto, para desenvolvimento de cardiopatias em portadores da síndrome, é importante realizar o acompanhamento obstétrico durante a gestação.

Quando existe a suspeita pelo ultrassom morfológico, durante a vida fetal, é necessário ecocardiograma fetal. Ao nascimento é necessário a realização do ecodopplercardiograma colorido. O acompanhamento pelo cardiologista desde o nascimento, permite que o médico decida pelo melhor tratamento a ser realizado, obtendo os melhores resultados para a saúde da criança.