Sopro cardíaco em crianças

Sopro cardíaco em crianças

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A maior procura dos pais por um médico especialista é pela suspeita de sopro cárdico em seu filho. O sopro é um ruído entre os batimentos cardíacos, causado por alteração nas estruturas internas do coração (Septo, Válvulas, Artérias, Veias). Geralmente é auscultado em um exame de rotina. Nem sempre é patológico e desaparece sozinho (sopro inocente) porém, o médico pode suspeitar de alguma doença cardíaca e deve ser investigado por exames específicos como por exemplo o Ecodopplercardiograma colorido.

O sopro benigno (inocente ou fisiológico) representam 30% a 50% em crianças saudáveis, não tem relação com cardiopatia e não são prejudiciais à saúde da criança, podendo surgir e sumir sem motivo aparente, durante o crescimento infantil.

Os sopros patológicos em crianças, podem surgir logo ao nascimento e podem estar associados a diversos tipos de cardiopatia congênita, onde quando necessário são submetidas a correção cirúrgica logo ao nascimento. Portanto, o tema Cardiopatia Congênita, refere-se às doenças do coração e/ou dos vasos sanguíneos que são diagnosticados ao nascimento.

Geralmente a cardiopatia congênita ocorre isoladamente, mas, em alguns casos, a doença pode estar associada à más-formações em outros órgãos ou sistemas, como por exemplo o renal ou neurológico. As cardiopatias congênitas são comuns em pacientes portadores de Síndromes genéticas (alterações cromossômicas), como a Síndrome de Down, entre outras. Na absoluta maioria das vezes, a cardiopatia congênita não tem hereditariedade; ou seja, ela ocorre pontualmente em um paciente em formação dentro do útero de uma mãe saudável que engravidou de um pai também saudável.

Algumas condições também aumentam o risco de se ter um bebê com cardiopatia congênita. São eles: diabetes materna, doenças reumatológicas (Lupus), fertilização in vitro, gemelaridade, idade materna > 34-35 anos, uso de medicamentos na gestação como o Lítio ou a Warfarina, uso de álcool ou drogas como a cocaína ou crack na gestação. Nestas situações é recomendável que a gestante faça um ecocardiograma fetal a partir da 24ª semana de gestação para realização do diagnóstico, aconselhamento familiar e estabelecimento de um plano terapêutico.

O tratamento é variado e depende do tipo de cardiopatia congênita. Existem situações na qual um pequeno ‘’buraco’’ entre câmaras do coração diminui muito de tamanho ou simplesmente fecha espontaneamente com o tempo, não requerendo tratamento cirúrgico ou terapêutico medicamentoso, bastando apenas o acompanhamento médico.

Em outros casos, estes orifícios podem causar sintomas como cansaço e ganho ponderal insuficiente requerendo o uso de medicamentos e de uma programação cirúrgica para correção da patologia congênita.

Cada cardiopatia congênita deve ser tratada de forma individualizada, respeitando a integridade da gestante, família e utilizando dos melhores métodos científicos disponíveis para proporcionar sempre a melhor orientação.